
Jaciara comemora a chegada perto da filha (foto: Monique Barleben/ www.webrun.com.br)
Em meio a uma multidão de homens, uma competidora cercada de amigos e familiares, na areia do litoral paulista, se emocionava com o Triatlhon Internacional de Santos, realizado no último domingo (20/02). A amadora Jaciara Moreno, de 37 anos, com respiração ofegante, há poucos minutos tinha cruzado a linha de chegada, em um dia no qual os termômetros chegaram próximo aos 35°C.
O tempo não ajudou, o calor estava forte e água do mar também bastante aquecida. Senti muito cansaço para correr, mas felizmente com esforço cheguei até o fim, comemora a corredora, que na semana anterior tinha sofrido um pequeno acidente e por pouco não desistiu da prova.
Eu cai e machuquei meu joelho no domingo passado. Estava com dificuldade até para caminhar e ao poucos foi melhorando. Entretanto, durante os dez quilômetros de corrida o ferimento abriu novamente e tive que ser forte para continuar, relembra Jaciara, que divide o seu tempo para treinar, cuidar da família e trabalhar.
Entre os amadores, não foi apenas a paulista que reclamou da temperatura, o pernambucano Adriano Nascimento, de 32 anos, disse que o calor paulista não perde em nada para o do Nordeste.
Apesar de habituado com esse tipo de clima eu senti um pouco de cansaço, principalmente no final da prova. Mas a organização do evento foi excelente e o trajeto também é muito bom, conta o triatleta que participou do Internacional pela primeira vez com os amigos.
Já o veterano José Gonçalves, aos 41 anos, já marcou presença em pelo menos 17 edições da prova e abriu a sua temporada no último domingo (20/02). Foi muito difícil. Estava ventando na bike e, para piorar, havia buracos no trajeto, relata José, que já participou do Ironman do Havaí e é apaixonado por triátlon. Por causa do trabalho eu troco o horário do almoço por um treino, ou acabo me exercitando antes de dormir, tudo para manter o ritmo, garante.
Na disputa dos corredores de elite , quem venceu o Triatlhon Internacional de Santos foi Reinaldo Colucci e Carla Moreno.
Este texto foi escrito por: Monique Barleben