Carlos Dias levará a bandeira brasileira para a China (foto: Arquivo Pessoal)
O ultramaratonista brasileiro Carlos Dias está na China, onde disputa nessa sexta-feira (06) uma das etapas da prova Racing The Planet, no deserto de Gobi March, considerado um dos mais quentes e úmidos do mundo. Ele está na província de Kashi, há duas horas do local da largada, e comenta sobre a cultura local e a expectativa para o começo.
Muitos atletas chegaram ontem e conversei com alguns representantes da África do sul, Tibet, Espanha, Inglaterra, Irlanda e Áustria, que estão muito preocupados com as condições do deserto, principalmente se fará ou não muito frio à noite, ressalta Carlos. Ele fala ainda que os organizadores estão muito empenhados em não deixar passar nenhum detalhe para a segurança dos inscritos.
Ele teve um problema no aeroporto, já que sua mochila foi parar em Pequim, a capital chinesa, mas uma das responsáveis pela organização já entrou em contato com as autoridades e seu material deve chegar ainda hoje no hotel. Estamos nos ajustes finais, revisando os equipamentos e comprando comida, principalmente frutas secas .
Convivendo com o povo local, ele diz que as pessoas quase não falam inglês e as que falam, muitas vezes não se esforçam em falar o idioma ocidental. Em Kashi há muitos mulçumanos, mulheres cobertas por inteiro, mendigos e muita pobreza. Nas ruas as crianças ficam o tempo todo me seguindo, pedindo para tocar meu tênis e comprar bala, lembra o atleta que chegou a comprar um pacote de guloseimas para distribuir entre a garotada.
Dias já havia comentado que existem pratos exóticos por lá e ressalta o cardápio do restaurante do hotel em que está hospedado. A maioria da comida é viva. Temos lagosta, camarão, tartaruga, serpente, uma lesma estranha e peixes. Eu escolhi comer arroz com ervas mesmo. Dias e os outros competidores vão encontrar terrenos montanhosos, com altitudes que chegam a três mil metros de altitude, num percurso de 250 quilômetros.
Este texto foi escrito por: Webrun