Juliana comemorou muito a vitória (foto: Wander Roberto/ CBAt)
Direto do Rio de Janeiro – Eu sempre quis ser conhecida como atleta Juliana e não só a esposa do Marilson, diz Juliana Santos após conquistar o ouro com uma corrida perfeita, na qual levou 4min13seg36 para percorrer os 1.500 metros.
Não que ela se incomode de ser lembrada como mulher dele. É a atleta Juliana e esposa do Marilson, frisa, uma vez que os dois títulos são igualmente importantes para ela que está junto com o campeão da Maratona de Nova York há cinco anos.
Analisando a prova, ela comenta que foi muito confiante e que sua performance não podia ter sido melhor. Eu consegui me colocar bem na prova, a americana manteve um ritmo confortável e na sua arrancada eu consegui ir com ela e decidir no final.
Esforço extra – A atleta diz que se esforçou ao máximo para correr a prova, seguindo um importante conselho do marido. O Marilson sempre diz que temos que dar 110% nas provas e depois de ver ele correndo se esforçando mais do que agüentava eu não podia deixar de dar estes 10% a mais na minha prova, conta acrescentando que o apoio do marido foi fundamental para mantê-la tranqüila e confiante no Pan.
O curioso é que essa frase era muito utilizada por outro campeão das corridas: Ayrton Senna da Silva. O tricampeão mundial de Fórmula 1 costumava dizer que sempre entrava para dar 110% de si nas provas e, caso um dia não estivesse bem, garantiria pelo menos 100%.
A comemoração do casal 20 deve ser na Vila Panamericana, local que os corredores estão usando para namorar, pois estão hospedados em apartamentos separados e, segundo Juliana, na correria da vida a dois as vezes se esquecem de namorar. Hoje não vou sentir falta da vida de casada, a gente chega muito cansados depois das provas, vira para o lado e dorme. O Marilson especialmente, entrega rindo.
Agora Juliana vai tentar melhorar seu tempo para poder ir ao Mundial em Osaka, Japão, e para as Olimpíadas de 2008. Vou tentar índice para Pequim, porque não quero deixar o Marilson ir sozinho, conta ciumenta.
Estrangeiras – Nos 1.500, a americana Mary Jayne Harrelson terminou em segundo lugar com um tempo de 4min15seg24. Ela aproveitou a coletiva para elogiar a estrutura dos jogos Pan-americanos. Eu estou muito impressionada com os jogos, com a forma que os atletas estão sendo tratados, a qualidade das instalações , das pistas, de tudo. Dá vontade de não sair, diz.
A colombiana Rosibel Garcia Mena conquistou a medalha de prata e fez o melhor tempo de toda a sua temporada: 4min15seg78. Eu achei a corrida muito boa, especialmente porque melhorou o meu tempo, fala.
Este texto foi escrito por: Patrícia Serrão