O hibisco proporciona vários efeitos no organismo, por conter uma alta concentração de antocianina (pigmento da família dos flavonoides), que favorece uma ação antibacteriana, diurética, hepatoprotetora (protege as células hepáticas). O chá também é antioxidante, anti-hipertensivo, anti-inflamatório (combate a inflamação das células, permitindo que elas voltem a exercer totalmente suas funções) e inibidor da agregação plaquetária (coágulos do sangue). Por causa desses agentes, o organismo deixa de acumular muitas toxinas.
A nutricionista Patrícia Cruz explica que a quantidade recomendada de consumo é de duas colheres de sopa de hibisco seco, por dia. Em relação a diluição, nessa quantidade recomenda-se pelo menos 1 litro de água, este seria o consumo médio, mas como a concentração varia bastante, não há uma recomendação única.
A capacidade antioxidante do chá, revelada em alguns estudos, está na concentração de hibisco entre 5 a 150 µg/mL. A nutricionista afirma que um dos principais mitos acerca do chá de hibisco é sua ação emagrecedora. Não há evidências científicas que apontem seu uso para esse objetivo, porém, sua ação antibacteriana e anti-hipertensiva é bem descritiva.

Qual a melhor forma de consumir?
Em infusão e utilizando somente as pétalas secas. Apresenta gosto levemente adocicado, sendo assim não é necessário usar açúcar ou edulcorante para adoçar.
Hibisco e a corrida
O chá de hibisco por suas características diuréticas, não deve ser consumido no momento da corrida. Muito pelo contrário, o que é necessário nesse momento são chás estimulantes e demais líquidos que possam repor a perda hidroeletrolítica.
Fertilidade
Segundo a especialista é preciso ter cautela com relação ao hibisco comprometer a fertilidade. A maioria dos estudos foram conduzidos em ratos fêmeas, mostrando uma atividade anti fertilidade. No entanto, nenhum estudo foi extrapolado para mulheres. Por isso, não há consenso de quanto é o consumo recomendado, reforça a Patrícia.
Contra-indicações
Não há contra-indicações claras do hibisco. É importante lembrar: a pessoa que irá consumir não deve apresentar intolerância aos principais componentes da planta. Portanto, ao comprar, é preciso ficar atento à procedência do produto.
Este texto foi escrito por: Christina Volpe