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Entre dois mundos: competitivos X amadores

    • Corridas de Rua
  • Redação Webrun Por Redação Webrun
  • 27/06/2003
Fabiana Rodrigues Pereira  da equipe <i>Ação Total </i> no ano passado foi segunda colocada no ranking da Corpore (categoria 20-24 anos feminino) (foto: Leonardo Soares)” /><br />
Fabiana Rodrigues Pereira  da equipe <i>Ação Total </i> no ano passado foi segunda colocada no ranking da Corpore (categoria 20-24 anos feminino) (foto: Leonardo Soares)</div>
<p><i>Entenda o limite entre o amador que corre por prazer e quem batalha para cruzar a linha de chegada na frente</i></p>
<p>Correr é perseguir objetivos, sempre. Muitos treinam apenas visando qualidade de vida. Outros querem ser cada vez mais competitivos. Brigar passada a passada pelo pódio. Mesmo com objetivos diferentes, o senso comum é a paixão e o prazer pela corrida. Todos têm metas e melhorar a performance é o destino inevitável de quem pratica atividade física. Difícil é, muitas vezes, distinguir esses dois tipos de amadores que invadem pistas e ruas de todo o Brasil. Afinal, qual a diferença entre o atleta ‘light’ e o competidor? SuperAção foi buscar a resposta.</p>
<p>Cada perfil tem um estilo de vida. Treinamento, postura e alterações na vida pessoal são diferenciais básicos. Para aquele que busca performance, treinamento e competição passam a ser um compromisso. Dedicação é a palavra de ordem. A pessoa que corre pela saúde encara treinos de intensidade mais baixas, nos quais não há tanta exigência e quase nenhum sofrimento. Para esse tipo de amador, a atividade física se encaixa ao estilo de vida habitual, sem radicalismo em nome do esporte.</p>
<p>O diretor administrativo Antonio Carlos Fiore, 52 anos, pratica corrida há 21 anos e sempre teve como grande meta disputar maratonas. Hoje, depois de 21 provas de 42.195 km, continua treinando disciplinadamente, mas seu grande adversário é o atleta do outro lado do espelho. “Comecei a correr porque parei de fumar e comecei a engordar. No início achava maluco quem corria uma maratona, mas, com os treinos, fui vendo que era possível. Iniciei nas provas de bairro até chegar a maratona. Sempre estabeleço novos objetivos, este ano quero voltar a Maratona de Chicago para baixar o meu tempo. Treino com disciplina para fazer uma prova tranqüila e chegar inteiro, se possível baixando minha marca pessoal, explica, lembrando que o esporte não altera seus hábitos. “Tento manter hábitos saudáveis, mas não deixo de ter uma vida social, tomar minha cervejinha. Três meses antes da competição, levo uma vida mais restrita com respeito à alimentação, descanso. Desde que comecei a correr não tive mais problemas com o peso e encaro as dificuldades com mais tranqüilidade.” </p>
<p>Para amadores como Fiore, as competições têm a função de manter a motivação. A freqüência pode variar de uma por mês, dependendo das características do evento, até uma a cada dois meses. A variação depende do interesse e objetivo do corredor. </p>
<p>O técnico Nelson Evêncio indica prudência. “Acho ideal para o corredor que visa qualidade de vida fazer uma prova por mês ou uma a cada dois meses. Sempre para servir de incentivo. Após esta prova, ele terá uma semana de recuperação (treinos leves) e tempo para reflexão sobre o que aconteceu durante a competição. Depois, mais outras três para treinar um pouco mais forte para uma outra competição.”</p>
<p><b>Quero mais –</b> O momento em que o esportista começa a confrontar seus treinos anteriores ou comparar-se com os outros corredores é um forte indício de que está querendo mais que uma simples prática esportiva. Muitos corredores ficam mais competitivos à medida que percebem a evolução individual em resposta ao programa de treinamento. O caminho natural é que o iniciante evolua e trace objetivos mais desafiadores, o que estimula a dedicação a uma meta competitiva. Além disso, após um período de atividade, os benefícios para a saúde passam a ser percebidos como básicos e inerentes à prática da corrida, o que leva o corredor a alçar vôos maiores.</p>
<p>Quando percebe estar disposto a encarar a corrida como um esporte competitivo, o comportamento em relação à preparação se modifica. “O indivíduo começa a ter preocupação em empenhar-se para fazer os treinos em tempos menores, mesmo que isso custe um pouco mais de esforço. Presta atenção nos treinos dos outros corredores e não somente no seu. Fica chateado quando não consegue fazer o mesmo percurso no tempo que fez anteriormente, quando não o faz em tempo melhor ou quando alguém do grupo termina mais rápido”, conta o técnico Nelson Evêncio. </p>
<p>Sucesso no mundo competitivo implica mudanças no estilo de vida. Enquanto o amador ‘comum’ deve apenas preocupar-se em ter hábitos saudáveis, o corredor competitivo precisa cuidar ao máximo da alimentação, descanso, vida social e até mesmo da rotina profissional. O treinador Renato Dutra, pós-graduado em treinamento, confirma que é necessário disposição para encarar as dificuldades. “Quanto maior o nível de ambição, maior deverá ser a dedicação, até o ponto em que o próprio indivíduo deverá questionar se valerá a pena ou não sacrificar-se na busca por resultados.” Quem busca melhorar marcas deverá seguir o programa de treinamento religiosamente e se exercitar independente das condições climáticas. A disciplina passará a ser algo indispensável.</p>
<p>A administradora de empresas Fabiana Rodrigues Pereira, 24 anos, que no ano passado foi segunda colocada no ranking da Corpore (categoria 20-24 anos feminino) confirma que sem sacrifícios não há resultados. “Não diria que a corrida é a minha prioridade, pois tenho outros interesses e também não sobrevivo do esporte, mas está quase lá. Se tenho que abrir mão de algumas coisas, atividades, pelo meu treino, faço. A minha vida noturna, por exemplo, mudou a partir do momento que comecei a ter o objetivo competitivo. Nunca gostei muito de sair à noite, fazer madrugada, mas hoje não faço de forma alguma, pois sei que estarei mal no treino do dia seguinte. Gosto de vinho, mas restringi o uso, somente no fim de semana e em poucas doses.”</p>
<p><b>Perigos –</b> Segundo os técnicos, os cuidados que o corredor deve ter nesta fase são principalmente com relação à prevenção de lesões e o exagero. Afirmam que a progressão da carga de treinamento deve ser feita gradualmente, e sempre em ritmo menor do que o atleta suportaria. Como ensina a sabedoria popular: ‘É melhor prevenir do que remediar’. Cuidado em não exceder os limites, não treinar sem estar bem alimentado, aquecido e alongado, além de não exigir acima das possibilidades naturais e não estabelecer metas irreais.</p>
<p>Outro ponto que precisa de atenção especial é a preparação psicológica. O competidor pode apresentar dificuldades para lidar com a ansiedade, motivação e todos os fatores mentais que permeiam a vida de um atleta. A prática esportiva relaxa e alivia as tensões diárias que a sociedade está sujeita, mas quando o esporte se torna uma meta desafiadora, o que antes era um aliado na luta contra o estresse, pode tornar-se um fator de estresse. </p>
<p>O grau de exigência que um indivíduo se impõe é um ponto que influencia demasiadamente a ansiedade. Aconselha-se que o processo de estabelecimento de metas seja supervisionado pelo técnico, que vai controlar físico e dar orientação a mente. O presidente da ATC São Paulo (Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo), Cláudio Roberto de Castilho, afirma que o fator psicológico pode ao mesmo tempo ajudar ou atrapalhar a evolução do atleta. “Este é o fator que pode potencializar ou estragar a performance esportiva. Por esse motivo, durante os treinos, é importante situar o corredor na realidade e conter sua ansiedade. Evitar fazer previsões muito otimistas de tempo de prova e sempre usar margens de segurança para não causar desânimo ou desapontamento.”</p>
<p>É muito importante que o treinador ajude o corredor a estabelecer metas realistas e saiba conter seus excessos sem desmotivá-lo. A atenção do profissional é redobrada, pois a partir desta fase os riscos de lesão ou frustração começam aumentar. “O treinador respeita, orienta e busca disponibilizar o maior número de informações para que o atleta não exceda e acabe não atingindo sua meta. O que seria um desastre nesta fase, já que estamos falando de um iniciante no universo competitivo”, destaca Castilho.</p>
<p>Fabiana, que nesta temporada prioriza provas mais longas, como duas meia maratonas (entre elas a de Buenos Aires), o Revezamento Pão de Açúcar (em dupla) e a Volta da Pampulha, confirma que o treinamento orientado foi fundamental para sua evolução. “Comecei em 2000, quando morava na Itália, para ter uma atividade física. Corria sozinha, sem nenhuma orientação. Então, quando cansava, parava. Quando voltei ao Brasil, depois de seis meses, conheci o pessoal da Ação Total e iniciei um treinamento adequado. A partir do momento que comecei a verificar minha evolução, com preparação adequada a cada nova realidade da minha performance, fui me entusiasmando. Como sempre fui uma pessoa competitiva, resolvi me dedicar mais para alcançar resultados.” Atualmente, a atleta de São Paulo que disputa provas de 6 a 21 km, treina cinco vezes por semana e faz três sessões de musculação (fortalecimento muscular para prevenir lesões), além de seguir um cardápio balanceado, sem ingestão de frituras e evita doces.</p>
<p>O exemplo de Fabiana mostra que para o atleta competitivo os treinos passam a ser mais intensos, com mais freqüência na semana. Como a cobrança por uma performance cresce nesta fase, a sensação de prazer durante o exercício diminui em alguns treinos, substituída pelo esforço intenso. O prazer passa a ser conseguir correr mais rápido e terminar em melhores condições. O técnico Renato Dutra ressalta que as caraterísticas individuais são mantidas para a elaboração do programa de preparação. “O treinamento vai tornando-se mais específico e agressivo para aqueles que passam a pensar mais em performance. Cada atleta será tratado de forma individual, mas geralmente o corredor vai acrescentando mais sessões de treino durante a semana e pode haver também a inclusão de treinos de ritmo, intervalados, etc.”</p>
<p>Tanto esforço visa um objetivo, a linha de chegada. Nessa fase, as competições começam a ser divididas em grau de importância. Depois que a principal é escolhida, as demais passam a fazer parte do processo de treinamento, avaliação e verificação da resposta dos períodos de treino e preparação psicológica. A freqüência de provas depende muito do nível, especialidade e distância que o corredor pratica, mas é consenso entre treinadores que o amador que inicia a busca por performance deve fazer no máximo uma ou duas provas por mês, de preferência com intervalo entre 15 a 20 dias entre elas. Normalmente a primeira prova será de menor importância e servirá como um bom treino para a seguinte, mais importante.”</p>
<p><b>Praticante:</b> </p>
<p><i>Busca os benefícios ocasionados pela prática esportiva</i></p>
<p>Encara a rotina de treinos de maneira informal, conciliando de forma tranqüila vida social e necessidades de treino. Grau de ansiedade normal pelas novas situações que irá vivenciar</p>
<ul>
<li>Treino de intensidade baixa a média, de duas a quatros vezes por semana
<li>Mantém hábitos saudáveis
<li>Conhece os conceitos básicos da corrida
<li>Uma prova por mês ou uma a cada dois meses para servir de incentivo. </ul>
</li>
<p><b>Competitivo:</b></p>
<p><i>Visa a performance. O importante é o resultado, a evolução e o contínuo aperfeiçoamento técnico:</i></p>
<ul>
<li>Encara o treinamento de maneira sistemática e vital para alcançar e satisfazer os anseios competitivos
<li>Vida pessoal sofre alterações em função da corrida
<li>Grau de ansiedade aumenta em razão da busca de resultados
<li>Treinos de maior intensidade e com maior freqüência
<li>Aumenta o risco de lesão
<li>Segue uma dieta balanceada e valoriza o descanso
<li>Aumenta o grau de informação sobre a técnica de corrida
<li>No máximo duas provas por mês, de preferência com intervalo entre 15 dias e 20 dias entre elas. </ul>
</li>
<p><b>Dicas do técnico Nelson Evêncio:</b></p>
<ul>
<li>Evite o auto-treinameto. Contrate um profissional de educação física com registro no CREF, e especializado em corridas para elaborar seu treinamento e ajudá-lo a estabelecer metas realistas.
<li>Se você não é profissional, não coloque a corrida como a prioridade de sua vida.
<li>Respeite seus limites de biotipo e disponibilidade de tempo para treinar para não ser mais um frustado ou lesionado.
<li>Compare-se primeiro com você para depois comparar-se com os outros corredores.
<li>Não queira competir com pessoas que já treinam a mais tempo que você.
<li>Não queira colher antes do tempo, pois ninguém vira campeão da noite para o dia.
<li>Não faça provas em excesso. Corra no máximo duas provas por mês e somente duas maratona por ano, com intervalo de no mínimo cinco meses entre elas.
<li>Treino é treino e prova é prova. Não faça de seus treinos competições para não entrar nas provas exausto.
<li>Invista em equipamentos, utilize-os, não os deixe em casa como enfeite, mas lembre-se: se você não treinar não adiantará nada tê-los, pois eles não poderão correr por você.
<li>Faça muitos amigos no mundo da corrida, respeite os outros corredores e treine sempre com disposição.</ul>
</li>
<p><strong><em>Este texto foi escrito por: Rafael de Marco – <i>SuperAção</i></em></strong></p>
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