Medalhista de prata na Maratona pode morrer se voltar a seu país

Redação Webrun | Atletismo · 23 ago, 2016

A chegada do atleta etíope Feyisa Lilesa, medalha de prata na Maratona Olímpica teve muitos significados. Para os espectadores ele apenas fez um pequeno gesto com os braços, formando um X ao cruzar o pórtico, porém na coletiva de imprensa ele contou que aquele é um símbolo utilizado por manifestantes anti-governo. “Foi uma tentativa de alertar o mundo para o que está acontecendo com minha tribo”, diz.

O maratonista pertence à etnia Oromo, um povo que vem sofrendo pressões políticas, além de desapropriações e diversas mortes. No começo de agosto deste ano, a ONG Human Rigts Watch disse que forças de segurança do governo etíope usaram armas letais para coibir protestos e mataram até 100 pessoas.

Lilesa vive na região, onde parte das mortes teriam ocorrido. “O governo da Etiópia está matando as pessoas Oromo e tomando suas terras e recursos. Por isso as pessoas estão protestando e eu as apoio, porque sou de lá e Oromo é minha tribo. Os meus familiares estão na prisão e se falarem de direitos democráticos são mortos”.

Foto: Marcelo Machado/Foto Arena Foto: Marcelo Machado/Foto Arena

O governo etíope contrariando o atleta diz que ele será recebido como um ídolo no país, já Lilesa aguarda informações para saber se conseguirá o asilo no Brasil.

Este texto foi escrito por: Webrun

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