Por que fazer minha primeira corrida virtual? Quem já correu conta como foi a experiência

Carolina Abrantes | Corrida Virtual · 23 jun, 2020

Com a proibição de corridas presenciais, as provas virtuais têm ganhado cada vez mais adeptos. Porém, mesma com toda essa popularidade nos últimos meses, muita gente ainda não sabe o que realmente é uma corrida virtual e nem como tirar proveito desse formato. Então vamos lá!

Por que fazer minha primeira corrida virtual? Quem já correu conta como foi a experiência

Foto: Adobe Stock

Para começar, a corrida virtual não é um jogo que simula a modalidade, a ideia é te colocar para correr mesmo.  Mas como funciona? Você escolhe a distância, realiza a inscrição, escolhe kit com camiseta e outros acessórios, ou opta por receber apenas a medalha de participação; cada prova oferece suas próprias opções e temas.

É na hora de correr que vem o principal diferencial das virtuais: não é preciso estar em um local na data e horário determinados pela organização, você tem liberdade para escolher como e quando realizar o desafio. Vale fazer a prova no quintal de casa, na sua esteira, ou na rua, tomando todos os cuidados necessários exigidos durante a pandemia. E, além disso, para quem é mais competitivo, muitas dessas provas oferecem um sistema de classificação com todos os corredores inscritos, então mesmo à distância dá para se sentir parte de um grupo.

Se ainda assim você tem dúvidas sobre “o espírito da coisa”, nada melhor do que saber a opinião de quem já participou de corridas virtuais. Nós conversamos com o superintendente operacional Marco Antonio e com a empresária Lily Martins, ambos corredores amadores, para saber como foi a experiência deles.

“Eu conheci as virtuais pela internet, por meio de amigos e também por sites especializados em corrida. Minha primeira corrida desse formato foi a Comrades Legends. Eu posso falar que foi uma prova que cumpriu e supriu todas minhas expectativas, porque, apesar de realizar a distância em casa, eu me preparei e me imaginei como se tivesse mesmo correndo na rua, projetei toda minha empolgação com a corrida para essa prova virtual”, conta Marco.

 

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Já a Lily tinha experimentado esse tipo de prova, antes mesmo da proibição de corridas presenciais, ela fez a virtual do Palmeiras em fevereiro deste ano. “Para mim é ótimo. Eu gosto desse formato pela comodidade que oferece. Às vezes a pessoa não quer ter aquele trabalho de acordar cedo, pegar o carro para ir até o ponto de largada da prova, às vezes você quer correr mas não quer ter contato com ninguém, não quer se sentir competindo com os outros, são muitas vantagens”. 

Também fica a critério do corredor personalizar o nível de dificuldade da prova, já que dependendo da altimetria a corrida pode ser considerada mais ou menos exigente. “Dá para escolher o trajeto de acordo com o que você quer, se é mais plano, se tem subida, descida, se quer fazer no asfalto, ou não, é tudo à sua escolha, sem tantas cobranças”, ressalta Lily.

+ Participe de uma corrida virtual, escolha sua prova!

Enquanto alguns corredores permanecem empolgados, é claro que durante este período de isolamento, muitos estão sentindo falta daquele clima de prova, estão menos motivados ou até deixaram os treinos de lado. Mas, enquanto os grandes eventos não estão liberados, dá para tirar vários benefícios da corrida virtual. Ela pode ser uma dose de ânimo para quem quer retomar o esporte ou até mesmo um incentivo para se desafiar, correr melhor e não fazer “só mais um treino”.

“Eu acredito que todo corredor deveria participar para testar um outro tipo de prova. É uma experiência muito interessante, quando se faz como fiz, não corri para apenas falar que eu estava correndo; fiz toda a preparação, tive a mesma empolgação de uma prova presencial, me vesti para a corrida, coloquei número de peito, então isso é importante, ir sentindo que está participando de uma prova de verdade”, afirma Marco. 

 

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+ Escolha sua próxima corrida!

Nossa colunista, ortopedista e corredora, Dra. Ana Paula Simões, também experimentou uma prova nesse formato,  a Corrida Virtual Webrun, e contou no seu perfil do Instagram o que achou da experiência. Ela ressaltou que além dos benefícios para os corredores, as virtuais agora também são uma maneira de continuar fazendo o mercado de eventos esportivos girar neste momento.

“Penso nas pessoas em casa, na inscrição que vai ajudar as pessoas que trabalham desde a confecção da camiseta até a medalha que vai chegar em casa. Já pensou nisso? Quantos empregos que envolvem a corrida? É daí que essas provas virtuais mantém a chama acesa! Nos nossos corações e na esperança disso tudo acabar logo”.

 

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Não dá para prever se daqui um tempo as virtuais continuarão com toda essa força que estão agora, mas, elas ainda vão permitir que corredores se sintam participando de provas que não fariam parte do seu calendário de corrida, uma prova tradicional de outro estado ou país, por exemplo; e também atender àqueles que não fazem tanta questão de correr em grandes eventos.

Eu acredito que esse formato vá permanecer forte mesmo após a pandemia, porque tem muita gente que corre na rua mas não tem vontade de participar de uma prova presencial por não se sentir à vontade, por ter aquela pressão em relação ao pace. E tem quem prefere correr sozinho, que não gosta de acordar tão cedo atravessar a cidade para iniciar uma prova. Enfim, eu penso que as virtuais vieram para ficar, claro que não serão tão populares como as corridas presenciais, mas vão poder continuar atendendo um outro público de corredores mesmo quando as presenciais forem retomadas”, acredita Lily. 

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Carolina Abrantes

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Estudante de jornalismo, já metida a repórter. Encantada pelo mundo dos esportes e pela forma como eles podem mudar a vida das pessoas.

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