
Ana intensificou os treinos de bike esse ano (foto: David Santos Júnior/ www.webrun.com.br)
A goiana Ana Lídia Borba estará em Florianópolis (SC) no próximo dia 27 para brigar por um lugar no pódio do Ironman Brasil, principal prova de triatlhon nacional. Confiante e bem treinada para a disputa deste ano, ela quase foi obrigada a abandonar a carreira em 2009 depois de ser atropelada numa rodovia enquanto treinava ciclismo.
Após colidir com um picolé de sinalização de trânsito na estrada, ela caiu na via e foi atropelada por um carro de passeio que passou por cima de seu braço. Várias cirurgias depois e com muita força de vontade, em 2011 voltou a competir, ainda sem estar 100% fisicamente.
Quer saber mais? Assista ao vídeo com o perfil da Ana Lídial.
Esse ano, porém, ela começou a preparação mais cedo do que o habitual e se focou em
treinos específicos de ciclismo e musculação. Vou para a prova forte na bike e deixar para correr na defensiva, afirma Ana que atualmente mora em Florianópolis. É difícil falar em resultado, mas acho que dá para brigar pelo top dez ou top cinco.
Volume de treino – Todos que se propõem a fazer os 3,8 quilômetros de natação, 180 de ciclismo e 42 de corrida que envolvem um Ironman, tem que se dedicar quase que exclusivamente aos treinos e ter bastante quilometragem acumulada. Para Ana, que pretende brigar pela ponta, esse trabalho é ainda mais intenso.
Treino mais do que a maioria das meninas. Vou chegar a pedalar 600 quilômetros por semana, mas em geral são 450, 500, afirma a competidora que já praticou natação e handball. Corro uns 80 quilômetros e nado entre 20 e 22, completa. Mas ela tem um segredinho na manga que pode ser de grande valia durante a prova. Faço um trabalho de fisioterapia duas vezes por semana, exercício funcional e massagem. São atividades complementares para suportar a carga de treino.
Com tanto tempo dedicado aos treinamentos, a maioria dos aspirantes a Ironman e Ironwoman deixa de lado os encontros familiares, happy hours, cinemas e outros programas com os amigos, um erro na visão de Ana Lídia. Sou totalmente contra deixar a família e amigos de lado, pois você compromete o próprio trabalho. Se eles começarem a se afastar, certamente você vai se desmotivar num futuro próximo .
Ana conta que não dispensa um bom vinho na casa de amigos ou uma cervejinha no fim de semana para relaxar, mas tudo tem que ser dosado. Até o fim de março eu levo uma vida normal, mas depois falo para o pessoal que vou dar um tempo. Até porque eu me sinto cansada e preciso de um tempinho de recuperação.
Em 2011 ela foi a 13ª colocada entre as mulheres com o tempo de 12h05, enquanto em 2009, ano do acidente, ela marcou 9h52min28 para conquistar a quinta colocação.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda